sexta-feira, 26 de janeiro de 2007




Anjo de Luz


Atento numa estrela que está a brilhar
Num céu escuro de negro enfarpelado.
Não entendo porquê.
Porque mais nada se vê?

Vejo, revejo sem cessar
E sem querer acreditar
Penso que o defeito é do meu olhar.
Serei assim tão pequeno
Que nada mais os meus olhos conseguem avistar?

Não pode haver uma resposta
Porque por mais elaborada que seja,
A essência da existência
Não existe ninguém que a veja.

A estrela que brilha é um anjo,
Um ser de luz alvamente vestido,
É algo que não entendo
Mas que sinto como um aviso.
Alerta-me que sentir profundamente
É para o ser humano um castigo,
Ao qual está sujeito
Numa guerra sem abrigo.

A arma que possuímos é o coração
E se o pintarmos de ilusão
Sustentamos a emoção,
Ao som de uma melodia serena
De mistério e de felicidade suprema,
Num vier sem razão,
Numa felicidade que se deseja eterna.



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