quarta-feira, 21 de março de 2007


Rosa Menina


O amanhecer pendente,
O raio de sol parado
Na incompleta rota.
A força de bem viver,
O céu azul crescente
Que me convida em si a voar
Como uma gaivota.

O cheiro de um novo dia,
A terra arada ansiosa.
Saber tudo o que nao sabia,
Sentir-me como uma rosa.

Planta bela de safira vestida,
Espinhoso corpo sem ferir
A alma que te deseja.
Vontade de querer e existir,
Desejo de amar tudo o que veja.

Rosa menina...
Floresce e floresce.
Cresce em direcção a mim,
Espinha-me com o que nasce.
Floresce em mim sem fim.

terça-feira, 20 de março de 2007




Vida Surrealmente Divina


Mergulhei na noite escura,
A lua sem brilho uiva.
Oiço ao longe o estranho galopar,
A linguagem estranha que não entendo
Penetra-me a alma.

Vestido com armadura de aço
Cavalgo possante sem medos,
Não me envergonho do que faço
Vivo e viverei sem medos.
Contrapartidas não existem,
Sou livre de tudo e de todos
E por isso não esmoreço.

Gritos que oiço sem decifrar,
Apelos constantes chamantes
De outros endos que intentam libertar-se.
Companheiros, força, vivam e sonhem.
Saiam da penumbra da noite
E vamos juntos alcançar o sol.
Atingir a luz brilhante de vida
que originalmente ilumina a alma.
Surreal virtude de viver,
Hino de estrondosa vida que nasce
Da nascente que é Deus.



Lágrimas Ocultas

Quando pensamos perder
Achamos o que foi perdido.
Quando olhamos para nós
Ansiamos o sentir-se amado.


Revemos o que somos,
Escrevemos o nosso destino.
Por vezes temos medo de sentir,
Receamos até de puramente sorrir.


A autenticidade dentro do ser
Permanece incolome até morrer.
Existem etapas na vida vivida
Onde decoramos o que é autêntico.
O amor nao se decora nem pinta,
Vive-se e sente-se tão simplesmente.
Pensamos que é algo transcendente,
E realmente é.


Não é aquela transcendência de tela de cinema,
De romantismo estampado e comercial,
De ficção mascarada.
É algo que o inexplicavel explica por si só
E se torna belo só por existir.
É tudo aquilo que não se diz mas que se vê.


A ansia de amar num último choro jorrante,
A fonte de vida a secar num sonho terminado.
A luz da alma deixando de brilhar
Terminada a vontade de amar e ser amado.
Páginas da vida que se escrevem sem parar,
Vontade de ser feliz procurando não deixar de me amar.

sexta-feira, 2 de março de 2007




Noite de Vida


Noite de sonhos renascidos,
De anseios mantidos
Em penumbras aladas.


Olhei os olhos lindos,
Senti o toque e o beijo,
Vibrei com tudo o que senti,
Jorrou e jorra a fonte do desejo.


Comemoro este sentir,
Esta sensação de estar vivo,
Renascido também me sinto,
Assumo para outro plano ter partido.


Viajem que quero viver
Caminhando como quiser.
Vontade grande de te ter e ter,
Anseio imenso de te desejar amar.