domingo, 24 de junho de 2007


Noite de Aroma


No silêncio desta noite minha
Murmura a emoção iludida,
Medra a paixão sozinha
Nesta mera realidade descabida.

Fora para te amar
A minha realidade corrompida,
Divídida em mil pedaços mordazes,
Entre um mar, uma terra e um ar,
Entre a falsa morte e a fugaz vida.

Campos de trigo empalhados
Em aromas mil de cores virgens,
De violetas voluptuosas,
De borboletas cor de sol e de lua.
São estes relevos que traduzem a minha miragem,
Eles perpetuam toda a belicosa imagem
Que vislumbro na alma tua.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Celebrando o sucesso deste espaço...Obrigado pelos comentários, pelos votos e por todo o feedback, não deixem a vida deambular "parada"


Estrada da realidade


O silencio desta estrada
Curvilínea e esburacada,
Parece chegar ao fim
Num momento em que em mim,
Tudo paira livremente
Longe de me sentir demente.

A demência de me sentir diferente.
Vejo que sou igual a qualquer um,
Mesmo escrevendo dormente
Não sou diferente de nenhum.
Oiço o meu modesto coração
E componho uma canção
Que me faz viver a vida
Não a sentindo perdida.

Não sigo regras nem forma,
O meu sentimento não as tem!
Não sei de onde esta força provém,
Não ofendo qualquer norma.
Sou simples até no sentir
E digo isto sem mentir.

Sigo esta estrada
Com uma rota determinada,
Mas pinto as paisagens
E não tenho hora marcada.
Nem com o azar nem com a sorte,
Nem com a própria morte
Que de certeza um dia vem,
Não sou diferente de ninguém.

Posso parecer negativista,
Imagino a vida como uma Revista.
Ora luxúria ora decadência,
Retorno a minha dormência
E vejo que o segredo da felicidade
É a nossa própria essência.

sexta-feira, 15 de junho de 2007


União


Numa cama de solidão
Irradiamos de vida,
Com um beijo selamos uma união,
Saboreamos paixão nascida.

Dois corpos colados em si
Fervilham de tonalidades coloridas,
Teu calor e emoção culminam em mim,
Pintamos ambos as telas das nossas vidas.

Corpo desenhado de invulgar silhueta,
Olhar cremoso de amor vivo.
Alma que criou em mim uma porta aberta,
Alento que fez de mim um novo ser nascido.

Formosa noite onde a lua nos observa,
Mágico sol-nocturno de luz
Que faz escrever sem deter
Nos livros da vida o amor puro e terno,
O sentimento que nem no mais frio Inverno
Arrefece o ardor das emoções sentidas.
Ardo amando viver!