terça-feira, 20 de março de 2007




Lágrimas Ocultas

Quando pensamos perder
Achamos o que foi perdido.
Quando olhamos para nós
Ansiamos o sentir-se amado.


Revemos o que somos,
Escrevemos o nosso destino.
Por vezes temos medo de sentir,
Receamos até de puramente sorrir.


A autenticidade dentro do ser
Permanece incolome até morrer.
Existem etapas na vida vivida
Onde decoramos o que é autêntico.
O amor nao se decora nem pinta,
Vive-se e sente-se tão simplesmente.
Pensamos que é algo transcendente,
E realmente é.


Não é aquela transcendência de tela de cinema,
De romantismo estampado e comercial,
De ficção mascarada.
É algo que o inexplicavel explica por si só
E se torna belo só por existir.
É tudo aquilo que não se diz mas que se vê.


A ansia de amar num último choro jorrante,
A fonte de vida a secar num sonho terminado.
A luz da alma deixando de brilhar
Terminada a vontade de amar e ser amado.
Páginas da vida que se escrevem sem parar,
Vontade de ser feliz procurando não deixar de me amar.

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