quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Agradeço com simplicidade a todas as almas que por aqui têm passado. Voltem sempre e sejam felizes :-)






Aparências Perfiladas


Numa profunda heresia,
Senti o sofrimento macabro
Que uma alma trazia
Como que um cavalo alado.

Olhei para ela e que tristeza
Camuflada em tanta beleza.
Perfeição corpórea
Mas espírito doente.

De que vale parecer requintado ouro
Quando os pelos de determinadas mentes
São mais agrestes do que os de um touro?

Razão que apela à futilidade,
Que quase inconscientemente
Nos rouba a liberdade
De sermos autênticos enquanto gente.

Tempos que caminham talvez para a destruição,
Para o fosso do sofrimento
Onde se vive sem emoção.

Felizmente, existe quem encontre
Aquilo que a vulgaridade esconde,
Numa invejosa ostentação
Que nos apodrece o coração.

A luz de sermos poetas,
De encontrarmos a nossa alma,
Em lindas florestas
De felicidade e calma.

Cantemos em uníssono social
O refúgio verdadeiro
Que nos imune do mal.

Seremos felizes,
Fixaremos as nossas raízes,
Numa terra fértil e sólida
Onde reina um estado primaveril.

É lindo sentir a Vida!


1 comentário:

Anónimo disse...

Depois de ter lido os vários "POEMAS" aqui publicados, fiquei com a sensação que o escritor, para além de escrever com a alma, tem a certeza daquilo que escreve. Não são meros versos lançados ao vento, mas sim com muito sentimento.

Gostei muito e admiro a sua veia...

Sinceramente, espero que a chama da escrita nunca se acabe, dado que hoje, como nunca, apenas em nós podemos acreditar, pois as aparências são muitas vezes malvadas.
Raras são as vezes que as pessoas se mostram como realmente são. Esta sociedade leva a que os seres humanos se percam com falsas identificações, para não dizer que vivem em função dos outros e não de si mesmos, o que os leva a perder a sua personalidade, para não dizer amor próprio e actuam de forma irreflectida...
(Reflexão sobre este último poema!)

Ass.: Alguém que aprecia o seu dom.