sexta-feira, 5 de janeiro de 2007




Escrevo a Alma


Sem agentes exteriores
Que me alterem a consciência,
Entro num estado de dormência
Para escrever sem inteligência.

A minha alma passa para uma folha
Como um rasto,
Uma trilha traçada pelas ondas do mar.
Por vezes espelho o que sou
E sinto-me uma chama incandescente,
Ora sóbria, ora demente,
Que arde sem porquê.

O mar calado escuta com prazer
Estes meditados devaneios,
Estas projecções do meu ser.
Tenho somente três anseios
E quero estar longe de morrer.

Sentir, amar, contemplar,
Sentir-me assim como que num estado de luz.
Parece que tudo na vida me seduz
Porque sou um poeta do meu perfil,
E sendo assim que sorte vil
Que me faz carregar esta pesada cruz.


2 comentários:

Anónimo disse...

Passando no seu blog, pra dar uma olhadinha...tudo muito bonito, meus parabéns, voltarei sempre pra ler seus posts.
Beijos carinhosos.

Diuska disse...

Escrita muito bonita. Voltarei ao teu blog com toda a certeza. Beijinhos